🎫Estreou em 25 de setembro de 1956 no Teatro Municipal do Rio.
🎞️Chamado de “tragédia carioca em três atos”
🏛️Musical baseado na mitologia grega. Por isso e muito mais, subia ao palco antecedido por alguma curiosidade e muitas dúvidas
✍🏼Escrito por Vinícius de Moraes e músicas de Antonio Carlos Jobim
🎬Havia a ideia inicial de ser um filme, mas devido ao alto custo virou uma peça de teatro
🎨Cenário feito por Oscar Niemeyer (cenário em espiral simbolizando o Morro e o Inferno)
🪧Carlos Scliar e Djanira responsáveis pelos cartazes
🎭 Abdias do Nascimento (produção do Teatro Experimental do Negro)
🧵 Lila Bôscoli, mulher de Vinicius, foi a responsável pelos figurinos.
🎥 Diretor foi Leo Jusi
✨Elenco:
Haroldo Costa;
Daisy Paiva;
Léa Garcia;
Abdias Nascimento;
Ciro Monteiro;
Zeny Pereira;
Adalberto Silva;
Pérola Negra;
Francisca de Queiroz;
Waldir Maia;
Antonio Novais.
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“Orfeu da Conceição” – Uma releitura brasileira do mito de Orfeu
“Orfeu da Conceição” é uma peça teatral escrita por Vinicius de Moraes e encenada pela primeira vez em 1956. A obra é uma releitura do mito grego de Orfeu e Eurídice, transportado para o cenário das favelas cariocas durante o carnaval, trazendo uma forte carga de brasilidade, poesia e crítica social.
No texto, Orfeu é um sambista e motorista de bonde que encanta a todos com sua música. Ele se apaixona por Eurídice, uma jovem recém-chegada à favela. A história acompanha o amor trágico dos dois, atravessado por ciúmes, violência e morte — temas que ecoam o destino fatal dos personagens do mito original.
A peça se destaca por sua inovação ao fundir elementos da tragédia clássica com a cultura popular brasileira, sobretudo com a música e o samba. A trilha sonora foi composta por Tom Jobim, com letras de Vinicius, e a direção musical da montagem original ficou a cargo de Abdô Abdalla, com cenários de Oscar Niemeyer, reforçando o caráter moderno e colaborativo do projeto.
Além de seu valor literário e musical, “Orfeu da Conceição” é um marco na representação da cultura negra no teatro brasileiro. A montagem original contou com um elenco inteiramente negro, com destaque para Haroldo Costa no papel de Orfeu e a participação do ator e diretor Léa Garcia, entre outros grandes nomes.
A peça serviu como base para o filme “Orfeu Negro” (1959), dirigido por Marcel Camus, que ganhou a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Ainda que o filme tenha alcançado sucesso internacional, a peça original carrega uma potência política e poética própria, sendo considerada um marco na dramaturgia brasileira do século XX.
“Orfeu da Conceição” permanece como uma obra que combina lirismo, denúncia social e celebração da cultura afro-brasileira, reafirmando o talento de Vinicius de Moraes como poeta e dramaturgo sensível às questões do seu tempo.
Elenco:
Haroldo Costa (Rio de Janeiro, 13 de maio de 1930) é um ator, escritor, produtor e sambista brasileiro.
Daisy Paiva Ribeiro (Rio de Janeiro, 4 de janeiro de 1938 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 2001) foi uma atriz e vedete brasileira. Era filha do maestro Vicente Paiva e irmã do músico Décio Paiva. Seu papel de maior destaque foi como a antagonista Durvalina em Banzo (1964), na Record TV. Abandonou a carreira após se casar.
Léa Lucas Garcia de Aguiar (Rio de Janeiro, 11 de março de 1933 – Gramado, 15 de agosto de 2023) foi uma atriz brasileira. Internacionalmente conhecida como indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro.
Abdias do Nascimento (Franca, 14 de março de 1914 — Rio de Janeiro, 23 de maio de 2011) foi um ator, poeta, escritor, dramaturgo, artista plástico, professor universitário, político e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras brasileiras.
Cyro Monteiro (Rio de Janeiro, 28 de maio de 1913 — Rio de Janeiro, 13 de julho de 1973) foi um cantor e compositor brasileiro.
Zenith Pereira de Castro (Salvador, 9 de dezembro de 1924 — Rio de Janeiro, 21 de março de 2002) foi uma atriz brasileira. Destacou-se como Tia Nastácia na versão carioca do primeiro Sítio do Pica-Pau Amarelo, Januária em Escrava Isaura, Maria José em Vale Tudo e Donana em Carinhoso, se tornando uma das primeiras e mais relevantes referências negras na televisão.
😔Filme desagradou Vinícius de Moraes
🎭Personagens:
Orfeu da Conceição, o músico
Eurídice, sua amada
Clio, a mãe de Orfeu
Apolo, o pai de Orfeu
Aristeu, criador de abelhas
Mira de tal, mulher do morro
A dama negra
Plutão, presidente dos Maiorais do Inferno
Prosérpina, sua rainha
O Cérbero
Gente do Morro
Os maiorais do inferno
Coro e Corifeu
Sinopse da peça
O mito de Orfeu reúne os principais temas poéticos da obra de Vinicius: a aliança entre a música e a poesia, a presença marcante da mulher, a obsessão pela morte e a fé no amor absoluto. Vinicius de Moraes transportou para as favelas cariocas, um feriado de carnaval, a história de amor de final trágico entre Orfeu e Eurídice. No musical, Orfeu, um sambista que vive no morro, filho de um músico e de uma lavadeira, apaixona-se por Eurídice. A paixão entre Orfeu e Eurídice desperta o ciúme e o desejo de vingança em Mira, ex-namorada do sambista, que leva Aristeu, apaixonado por Eurídice, a matá-la. Numa terça-feira, último dia de Carnaval, Orfeu desce do morro e vai até o Clube Os Maiorais do Inferno depois de Eurídice estar morta. Já ensandecido, ele vai procurar Eurídice para ver sua amada, tentar encontrá-la novamente. De volta à favela, solitário, ele é morto por Mira e pelas outras mulheres açuladas por ela.
Foi um LP lançado pela gravadora Odeon, considerado como primeiro álbum com músicas da lendária dupla Tom Jobim e Vinícius de Moraes: os dois escreveram as sete composições deste disco da trilha sonora da peça de Vinícius, “Orfeu da Conceição”. As músicas foram orquestradas e regidas por Antonio Carlos Jobim, que comandou a Grande Orquestra Odeon, composta por 35 elementos, segundo o texto de contra-capa assinado por Vinicius de Moraes. O disco também conta com a participação de Luís Bonfá no violão e de Roberto Paiva, que interpreta “Um nome de mulher”, “Se todos fossem iguais a você”, Mulher, sempre mulher”, “Eu e o meu amor”, “Lamento no morro”. Vinicius declama e teatraliza (com uma flauta pastoral ao fundo) o “Monólogo de Orfeu”. Em relação à parte técnica do álbum, foi uma gravação já no sistema de alta-fidelidade, lançada em um LP de 10 polegadas, como era comum à época, pela Odeon (MODB 3.056), contando com pintura de Raimundo Nogueira na capa.
Faixas do álbum
Overture – 06:45
Monólogo de Orfeu – 02:52
Um nome de mulher – 02:05
Se todos fossem iguais a você – 03:31
Mulher, sempre mulher – 01:56
Eu e o meu amor – 01:41
Lamento no morro – 02:06
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Reportagens:
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/830305/57077
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/830305/57265
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/151157/12005
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/151157/12007
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/103730_08/24583
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/259063/149248
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/146854/14093
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/146854/14094
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/146854/14106
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/146854/14210
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/124451/33214
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/124451/33298
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http://memoria.bn.gov.br/DocReader/124451/33333
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/364568_14/39849
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/149322/261
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http://memoria.bn.gov.br/DocReader/115509/7879
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/025909_05/19637
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/025909_05/20928
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/108081/15281
Peça Teatral: https://www.viniciusdemoraes.com.br/cineteatro/obra/46/orfeu-da-conceicao
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Orfeu_da_Concei%C3%A7%C3%A3o
Reportagem: https://globoplay.globo.com/v/5428108/
Fonte: https://www.violaobrasileiro.com.br/discografia/orfeu-da-conceicao-trilha-sonora-da-peca-teatral